Cada uma...
Passaram as festanças e cá continuamos nós, largados, com uma preguiça mortal, como se não existisse vida além daquilo que acontece no quintal...
Da rede onde deitamos podemos ver a beleza das revoadas de aves no céu perfeitamente azul e brilhante, diferentemente da "capital" onde se chove um dia, e garoa uns onze dias depois da chuva para voltar a sair um novo sol.
A preguiça é tamanha que o único esforço que fazemos é trocar a rede pela cadeira de balanço, no máximo...
E, em um desses momentos da rede onde estou, observo meu pai na cadeira de balanço, parecendo estar satisfeito, com um um meio sorriso no rosto, cochilava tranqüilo...naquele momento daria meu reino, se tivesse um, para saber o que se passava pelos seus pensamentos...o engraçado que cada dia que fico por perto, mais sinto que falta conhecer tantas coisas sobre ele...
Eu falava pra ele em uma ocasião sobre um programa de baixar músicas da internet, e ele super curioso me fez entrar, cadastrá-lo e ensiná-lo como poderia utilizar aquela ferramenta...
- Pai, é assim entra aqui, digita assado. e quando aparecer este campo o senhor digita o nome que quer...fala um nome de algum músico, ou banda que quer ouvir?
- Xiii, tô sem inspiração...
Eu brincando soltei algo que sempre ouvi, mas nunca acreditei que existisse...
- Que tal Pedro Bento e Zé da Estrada?
E não é que os tais existiam de verdade, quando os encontrei, rapidamente coloquei uma música pra ele ouvir...emocionado e com os olhos brilhando ele afirmou:
- Nossa, sem querer você abriu a música predileta do meu pai, seu avô...quantas vezes ouvi-o cantando este mesmo refrão...
Quem diria que "Pedro Bento e Zé da Estrada" fizeram parte da minha história...e eu caçoando de uma dupla com o nome tão esquisito.
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