Encontro, desencontro, certeza, dúvida, orgulho, vergonha,...

"De repente o sono se acaba, e os sonhos não voltam mais. Estamos despertos para a vida, mas nem sempre acordados para viver”.

Muitos ensinamentos me foram dados, mas na hora de colocá-los em prática, tropecei em muitas dificuldades e esbarrei na distância que separa o concreto do abstrato...

Aprendi a estudar, mas não significa que sei das coisas.

Aprendi a orar, mas orar não significa que creio em todas as minhas orações.

Aprendi a falar, mas isto não quer dizer que minhas palavras tenham algum sentido.

Aprendi a sorrir, mas nem sempre significa que estou alegre, aliás nossa sorte é não ter sido inventado ainda um detector de tristezas ou alegrias, simplesmente pelo nosso sorriso...

O muito que aprendi nunca foi o bastante diante de tudo que ninguém pôde me ensinar.

Não me ensinaram a chorar, talvez por isso que minhas lágrimas são tão sinceras.

Não me ensinaram a sofrer, talvez por isso que meus sofrimentos são tão sentidos.

Não me ensinaram o gosto da derrota, talvez por isso que eu me sinto tão arrasada quando a vitória foge de minhas mãos.

E o pior disso tudo é que minha vida, a nossa vida, não pára, não espera, não recua, também não dá férias, nem oportunidade de recuperação, não se resume em um simples encontro, nem tão pouco numa viagem de lazer.

Na vida tudo tem limites, até a fuga. Um dia, fatalmente nós iremos deparar conosco mesmos, sem disfarces, e diante de nossas próprias consciências, virá o encontro, talvez o desencontro, a certeza, ou quem sabe a dúvida, o orgulho bem como a vergonha, a vontade seguida ou não do desejo, a dor, o desespero, o sentimento de perda, enfim, sempre aparecerão facetas diferentes diante de nós. Mas uma coisa é essencial: nos convém sermos sinceros...